quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Constrangimentos à modernização tecnológica no âmbito do programa de educação

As Tecnologias em geral, desenvolveram-se de tal forma que não existe área da nossa vida que não tenha sido modificada: a saúde, a escola, o desporto, o lazer, a vida doméstica, a vida política, a economia, a comunicação etc. Sofreram profundas alterações e mudaram a nossa própria forma de estar no mundo.
Se, nos dias de hoje, a nossa sociedade já não consegue viver sem a tecnologia, então imagine-se como será no futuro: o quanto a sociedade ira precisar da tecnologia!
No futuro a tecnologia não vai ser uma influência na sociedade mas sim uma necessidade, em que tudo funcionará com ajuda da tecnologia.
O contributo das TIC para a desburocratização e transparência aumenta a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida do cidadão.
Os resultados relativo à disponibilização de serviços on-line e à qualidade da sua prestação demonstram claramente que Portugal esta ainda a dar os primeiros passos na importância do papel das TIC enquanto instrumento potenciador da mudança e promotor da modernização pelos serviços administrativos, na cidadania e da racionalidade económica.
A utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC), no sistema educativo deve visar um horizonte de actuação dos professores que não se limita à simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização tecnológica escolar, através dos meios informáticos. As TIC têm um papel profundo na educação. Elas proporcionam:
Novos objectivos para a educação que emergem uma sociedade de informação e da necessidade de exercer uma cidadania participativa, critica e interveniente;
Novas concepções acerca da natureza dos saberes, valorizando o trabalho cooperativo;
Novas vivências e práticas escolares, através do desenvolvimento de interfaces entre escolas e instituições, tais como bibliotecas, museus, associações de apoio à juventude, entre outros;
Novas investigações científicas em desenvolvimento no ensino superior, entre outros.
È indispensável ter presente a utilização das TIC na educação porque estas consistem em escolarizar as actividades que têm lugar na sociedade, procurando adapta-las aos seus objectivos.
As TIC, na educação, permitem uma compreensão profunda do mundo em que vivemos enriquecendo o conhecimento.
Segundo o programa Educação e Formação 2010, Portugal terá de reforçar o seu parque de computadores com pelo, mais 35 000 computadores, nos próximos 3 anos. No entanto não é só esta condicionante que se coloca em causa e é extremamente importante colmatar as deficiências dos estabelecimentos de ensino.
Grande parte das escolas reporta velocidades limitadas á internet, pelo que é necessário rever o modelo de acesso à internet nas escolas. Em quase todas as escolas existe pelo menos uma rede de área local, mas confirma-se que cerca de 30% das escolas não usufruem destas redes recorrendo assim à internet Banda larga, o que implica custos adicionais na ordem dos 20%. As redes Wi-Fi resolveriam o problema se não cobrissem uma área tão reduzida. Este é um problema que se baseia na requalificação das redes de internet, de modo a assegurar níveis adequados de mobilidade no acesso.
No que diz respeito a equipamentos de apoio, como impressoras, videoprojectores, quadros interactivos, etc., a disponibilidade destes é limitada, o que condiciona a utilização nas salas de aula e na utilização livre.




Existem inúmeras situações que precisam de ser inovadas e necessitam de apoios para um futuro melhor.

Os cartões magnéticos, os quadros interactivos, as máquinas de distribuição alimentar, os kioskes, o registo electrónico dos sumários deveriam entrar no quotidiano da vida escolar. Estas são situações nas quais a aplicação de novas tecnologias contribui para a rentabilização do tempo, do esforço e dos recursos existentes no meio escolar.

O cartão magnético traz muitas vantagens:
• Eliminação de todo e qualquer tipo de senha ou documento em papel, o que se traduz num benefício para o ambiente;
• Menor possibilidade de enganos nas contas;
• Menor número de funcionários a trabalhar no sector;
• Redução ou mesmo eliminação do pequeno delito (furto de dinheiro, furto de senhas, adulteração de senhas, vendas de senhas de refeição entre utentes) com benefício para toda a comunidade escolar.
Como é que o sistema funciona?
Periodicamente, os alunos carregam o cartão nos quiosques. Depois, o valor dos consumos que vão fazendo será descontado, até que se proceda a um novo carregamento. O cartão é pessoal e intransmissível, funcionando, tal como qualquer sistema multibanco através de um código secreto de quatro dígitos.
Com este investimento, os pais passam a ter mais informação sobre os gastos dos filhos e reforça-se igualmente a questão da segurança. É que ao entrar e sair da escola, os alunos devem utilizar o cartão, que é programado para controlar as saídas em função do nível de autorização dado pelos encarregados de educação a cada aluno. Ou seja, em princípio, os pais, através deste sistema podem ficar a saber a que horas o seu filho entrou ou saiu da escola e o que aí consumiu. Podem ainda solicitar facturas dos consumos feitos para efeitos de declaração de IRS.



Os kioskes são plataformas onde se carregam os cartões e se compram senhas para almoço ou lanche. Tem um sistema de mensagem e permite consultar o saldo entre outras diversas coisas. Cada utente, a qualquer hora e sem interferência ou qualquer dependência de terceiros, realiza uma série de operações automáticas, e seguras, como:
• Consulta de ementas disponíveis e pré-compra / pré-validação de refeições;
• Consulta de refeições consumidas e a consumir com possibilidade de eliminação de refeições pré-compradas ou pré-validadas que o utente saiba não vir a consumir;
• Consulta de saldos e de contas correntes;
• Consulta de notas;
• Consulta de faltas;
• Consulta de horários escolares;
• Consulta de avisos e informação variada de interesse geral;
• Marcação de ponto.

O Livro de ponto electrónico, simplifica a vida dos professores em que passam a utilizar o computador no lugar do livro de ponto. Nesse livro de ponto computorizado escrevem-se os sumários, marcam-se os testes, as faltas e outras pequenas observações. Este processo visa simplificar algumas tarefas habituais, além de melhorar a comunicação interna e mais uma vez poupar papel.

Os quadros interactivos, se olharmos atentamente para uma sala de informática, nas escolas, verificamos que nelas ainda sobrevive um intruso: o quadro preto e os seus acessórios. Este ainda é o panorama de muitas salas das escolas portuguesas. Estes quadros têm sido substituídos pelos brancos e o giz deu lugar ao marcador. Este ano surgiu uma nova ferramenta: o quadro interactivo, que é uma superfície que pode reconhecer a escrita electronicamente e que necessita de um computador para funcionar. Alguns quadros interactivos permitem também a interacção com uma imagem de computador projectada. São geralmente utilizados no escritório e na sala de aula.
Os quadros electrónicos são usados para capturar apontamentos escritos na superfície do quadro, utilizando canetas próprias para tal que utilizam tinta electrónica, e/ou para controlar (seleccionar e arrastar) ou marcar notas ou apontamentos numa imagem gerada por computador e projectada no quadro vinda de um projector digital. Estão claramente a substituir os quadros negros e os quadros de tinta. Funcionam como um ecrã de computador gigante, ao projectar-se a imagem do computador para o quadro por um projector externo. O computador pode inclusive ser controlado pelo quadro interactivo dado que existem sensores no quadro que, quando activados em diferentes locais, atraem o cursor do rato para lá. Existem três tipos diferentes de quadros interactivos com diferentes formas de controlar o computador através deles: os electromagnéticos, os sensíveis ao toque e os infravermelhos.
Como se pode constatar, estes são casos em que a tecnologia é efectivamente importante na educação e que se for colocada ao serviço da educação obterá resultados fantásticos.

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